A minha familia paterna




















Creixomil - Guimarães, julho de 2005

Casa, só a parte indicada na lista branca, dos meus avós paternos, com o nº da porta 2205.

Nas férias escolares, em princípios da década de 1940, o meu pai levava-me, de vez em quando, para Creixomil onde passava o dia com ele.
No rés-do-chão ficava a pequena fábrica de cutelarias, onde trabalhavam 6 familiares (incluindo o meu pai), o forno, lareira, que era também onde se cozinhava, sala de jantar e casa de banho (muitíssimo rudimentar).
A lareira, sempre acesa durante o dia, tinha um grande pote de ferro de 3 pés com água quente que servia para todos os fins. No 1º andar era onde dormiam.
Nessa altura, além da minha avó paterna Maria, moravam lá o meu tio Francisco (irmão do meu pai que também trabalhava na pequena fábrica de cutelarias), a mulher deste (Antónia) e os 2 filhos do casal (Maria e Manuel).
Na casa pegada, do lado direito, onde se vê na fotografia uma caixa vermelha para o correio, era a Casa de Pasto (mercearia, bebidas e comidas) do Lemos.
Um pouco mais acima, no mesmo lado da rua, que é o lado esquerdo da fotografia, morava a minha tia-avó Rosa (irmã da minha avó paterna Maria), casada com o Domingos d’Ana (alfaiate).
Lembro-me da minha avó paterna Maria dar-me para comer cação (peixe) de escabeche, pão de milho, cebola crua e um pouco de vinho verde tinto com açúcar.
Lembro-me também de vaguear pelas redondezas de Creixomil, nomeadamente a Ponte da Pisca e Senhora da Luz.
Que saudades tenho desse tempo.

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Entrevista de A. L. de Carvalho ao meu bisavô paterno - Mestre Nicolau da Pisca (cutileiro)
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'33 Nicolau' era a marca das cutelarias feitas pela minha família paterna
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